sábado, 21 de fevereiro de 2009

Wild



Selvagem


Quando olho com meus ousados olhos em tua clara pele
Sinto dilacerado meu coração pela volúpia que em teu sangue arde,
E tal qual o mais poderoso vinho, me inebria o teu forte cheiro.
Como suave iguaria, sinto o doce e amargo fel de tua boca.
Vejo-me cercado, pelas curvas de teu corpo, preso em meio a lençóis

Me escorre o sangue pela pele rasgada com as garras de teu desejo
E incendiar sinto o meu baixo ventre pela chama que tua alma em mim acende.
Grito, me contorço, me atiro em meio a um vale de carícias e suor.
Me entrego cegamente às vontades que em meus ouvidos são sussurradas
E extasiado navego pela imoralidade de teus ofegantes beijos em minha barriga.

Em meio a maestria de suaves, porém fortes movimentos pontuais e cadenciados
E com acelerados golpes contra minha pélvis, sinto tua matéria por dentro se contorcer.
O ritmo de uma dança selvagem toma conta de tua alcova embalada em gemidos meus e teus.
A sagrada música do profano ritual que dois em um só a união de corpos transforma.
Por fim me vejo em meio ao paraíso que somente o calor infernal do divino pecado leva.

Explosivo, intenso, feroz, selvagem se desprende de mim o fruto de teus desejos,
E como que em divina graça contemplo teu rosto contrair e com ele todo o meu corpo,
E de matéria e alma nos tornamos corpo e sangue de uma mesma vida que renasce.
Abençoados pelo destino o que era dual em uno se metamorfoseou para sempre,
E assim decidiu-se pela vida, pois o que o desejo de amar une somente a morte pode separar.


(by: Night Angel)

Um comentário:

xarmuta disse...

se fala muito de si mesmo ...
em palavras q nao pedem para escapar de dedos e labios de pessoas que antes nunca se viu...
que antes... nunca se soube quem uma vez fora...