quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Surviver


Asas abertas


As minhas asas cresceram.
Sobrevoei escuros abismos.
Velejei sobre a insanidade.
Corri o bosque da loucura.
Sobrevivi!

Corri, corri deles,
depois, entre eles,
na frente deles cheguei em primeiro.
Na corrida pela minha vida
sobrevivi!

O sol da manhã,
no dia, se faz estrela.
Bom dia!
Estou quente e pronto para agir.
Sobrevivi!

A redoma enfim se quebrou.
Do velho aquário se vão os peixes.
Agora, em mar aberto, nadam livres,
e com eles, livre, vai minha imaginação.
Sobrevivi!

Achei carinho no Diabo.
Os demônios também tem asas.
O fogo que me assustava me impulsiona.
E sem Deus que já não se faz tão necessário
sobrevivi!

A lucidez toma minha mente
preenchendo cada pequena rachadura,
sobre a paranóia formando uma ponte,
dizimando a escuridão da loucura.
Sobrevivi!

E agora corro pelos vales do Éden.
Voo entre as colinas dos Campos Elísios.
Bebo hidromel com deuses no Valhalla
E dos paraísos da mente humana
venho lhes dizer irmãos e irmãs:
Sobrevivi!


(by: Night Angel)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Broken Wings


Asas Quebradas

Me esticaram as pernas.
Arrancaram minhas asas.
Tiraram minha aura mágica.
Mas ainda resisto.

Tento correr para longe.
Sou capturado pela necessidade.
Eles estão na frente
na corrida pela minha vida.

Sei o que devo fazer,
mas estou congelado.
O medo me faz frio.
A apreensão, paranóico.

Socorro!
Socorro!
A redoma de vidro está menor.
O meu aquário está rachando.

Corro em direção à lua,
mas já amanheceu
Bom dia!
As estrelas se perderam.

Deus, por que me abandonaste?
Manda teus anjos para mim.
Pai, por que me deixou aqui?
Diabos! Que coisa não!?

Me jogo no precipício da loucura.
Me entrego a paranóia.
Creio no abismo insanidade,
mas também creio em minhas asas.

Me esticaram as pernas.
Arrancaram minhas asas.
Tiraram minha aura mágica,
mas ainda resisto.



(by: Night Angel)